Boas,
O post de hoje salta um pouco do habitual deste blog, o mundo do retalho, para um mundo mais aberto, o dos incêncios de verão.
É a minha forma de homenagear aqueles que o combatem e também de compartilhar o sentimento de revolta da podridão que envolve o combate ás chamas.
Backdraft - um filme excelente - fala disso mesmo, da política por detrás do combate, de todos os interesses e lobbys que estão por detrás de uma chama e que, também já na vida real, fizeram alguns bombeiros passarem-se da marmita e começarem a atear em vez de apagar.
Para mim - no fundo para qualquer Português com dois dedos de testa - para além da catástrofe em si, é uma vergonha que uma calamidade como a que se abateu sobre o País há cerca de duas semanas, tenha acontecido.
Fenómenos meteorológicos aparte, a desgraça adivinhava-se, e isto porquê? Por culpa de todos.
Em primeiro lugar cada um de nós que tenha um terreno - se bem que é mais fácil e fica mais barato deixá-lo entregue á natureza - tem de cuidar dele, limpar e garantir que caso haja um "fenómeno natural" a retardação da chama é mais eficaz.
Depois deverá haver um incentivo á reflorestação ordenada e multicultura, porque não é preciso ser um Engenheiro Florestal, para perceber que se a mancha verde possuir várias espécies de árvores a retardação é também mais eficaz.
Poderia enumerar mais pontos, mas nenhum deles faz sentido, se a fiscalização não existir de uma forma incisiva eficaz e dura, muito dura!
Sendo lógico que como o maior proprietário de terra em Portugal o Estado deva dar o exemplo primeiro, limpando e reflorestando as suas próprias matas, mas, não é por não o fazer, que não vai andar em cima de quem não o faz também, senão o que acontece é isto, Republica das Bananas e tudo a arder.
Em vez de se procurarem cabeças para cortar, deve-se antes usar as cabeças que temos para evitar um enorme Backdraft.