domingo, 20 de agosto de 2017

Vacations

 Pois é...

 Se existe alguma altura do ano, pela qual, todos esperamos, essa é sem duvida, a época de férias.
 Chegou a minha e perdoem-me, mas vou estar ausente o máximo possível da vida cibernética, já que a seguir ao trabalho e vida pessoal, é sem dúvida o terceiro maior consumidor de tempo. Assim, eliminando dois deles temporariamente, posso desfrutar do que resta em modo "Dolce fare niente".
 Exacto, nenhuns, nickles, rien, nothing, nada ! Sim porque eu quando tiro férias, são férias!
 Faz-me alguma confusão, aquelas pessoas que vão de ferias, mas, que afinal criam um todo novo conjunto de rotinas, planos e afazeres.
 Quer dizer, se vais de férias, para quê toda a trabalheira? Porque é que tens efectuar X compras, ter horas para isto e para aquilo? Para isso não tiravas férias! Dizias ao patrão que preferias continuar a trabalhar, que assim mantinhas rotinas e ganhavas mais pastel!
 "Ah e tal, vejam lá se não se atrasam e chegam a horas!" - O que é isso chegar a horas? O que é um Relógio? Vais picar o ponto?
 Durante as férias, só existem 3 momentos, o Amanhecer, o Anoitecer e o período que compreende estes dois pontos, que pode ser maior, menor, igual, é indiferente, desde que te saiba bem, como os divides e gozas é contigo.
 Isto se não te queres arriscar a ter umas férias como as da família do filme "Vacations" de 2015 - que no fundo é um remake de "Uma paródia de ferias" dos anos 90 com o Chevy Chase- onde fazes uma centena de planos para a férias perfeitas e que depois acabam em ser tudo menos férias!


 Bom descanso! Boas férias!

terça-feira, 8 de agosto de 2017

The Birthday

 Boas,

 Hoje é dia, dia de comemorar, quando fiz a minha entrada triunfal neste belo mundo que é o nosso! Posso dizer com segurança que sou um tipo positivo! Gosto de ver a vida pelo lado colorido! Até porque, sejamos sinceros, de outra forma, isto não tem piada nenhuma!
 Coisas do do tipo -" Está tudo bem?" - "Vai-se indo, como pode..." ou" a vida está difícil". Comigo não funciona. Está tudo bem?Está! É só obrigado e volte sempre, agora cá lamechices e auto comiseração ? Para quê? para terem peninha do menino?
 É isso e por exemplo falar de doenças! Irra ! Que mania! Falar de doenças porquê? Qual é o gozo? É uma competição para ver quem o mais podre? - "Ah caiu-me um bracinho!Já não me apanhas no campeonato da gangrena!".
 Ser negativo, não é uma hipótese é uma seca, ser pessimista não é olhar as coisas com cuidado, é partir derrotado do início. 
 Por isso e porque sei que não sou o único... Feliz dia!!!!!!


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Dead Poets Society

 Boas,

 Hoje cheguei á conclusão, após ter repetido a mesma resposta um trilião de vezes, que eu, assim como os demais companheiros e companheiras que trabalham no mundo do retalho, pertencemos a uma sociedade secreta.
 Não algo pouco claro, ou com conotações malignas como Maçonaria ou os Iluninati, algo mais soft, mais do tipo como um grupo de amigos que sabem os segredos uns dos outros, têm umas expressões comuns e vivem as mesmas experiências.
 Ao estilo do Clube dos Poetas Mortos, só que aqui, não temos um professor tipo Robin Williams, a quem possamos dizer - "Oh Captain, my Captain!" - (é ainda maior e mais sábio e dá-se pelo nome de Vida), e não lemos livros, lemos preços.



 Preços - é disto que vos falo aqui hoje!
 O que é que se passa com as pessoas e os preços? Não entendo, juro! Quer dizer, se eu entro num estabelecimento qualquer e quero saber o preço de um determinado artigo, olho para o preçario, ou para etiqueta, conforma for a politica de pricing do estabelecimento.
 Não, repito, NÃO pergunto o preço ao funcionário/a segurando o artigo na mão com a etiqueta ao dependuro, fazendo uma cara que se assemelha ao cruzamento de um borrego com um asno, dizendo - "Desculpe o preço é o que está na etiqueta?!?".
 Como me preguntas isso? Então não sabes que pertencemos a uma irmandade secreta, com rituais de iniciação duríssimos, como por exemplo sermos pendurados de cabeça para baixo no topo do Everest enquanto realizamos a venda a um Sherpa ?!? Que só nós conhecemos o verdadeiro valor dos artigos e nunca, mas mesmo nunca, nem sequer sob ameça de morte, colocaríamos o preço verdadeiro para os clientes saberem?
 Queres saber o preço? Queres?! Anda trabalhar para o retalho! Até lá... Nickles.....

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Les Misérables

 Boas,

 Chegou Agosto! O mês mais Português do ano! Onde milhares de pessoas voltam á sua pátria, depois de um ano de trabalho, para um merecido descanso......e depois vêm ás compras...
 Falo-vos de uma pequena fatia destes nossos compatriotas, cada vez mais pequena é certo e produto de um Portugal que já não existe, em que as diferenças do passado, deram azo a ouvirmos a expressão " Na França não é nada disto", vezes sem conta, ao que nós próprios replicamos com um secreto pensamento repetido á milésima ao género - " se lá é tão bom, o que fazes aqui?".
 Hoje em dia, a grande maioria dos emigrantes são pessoas que trabalham fora do país e vêm cá descansar nas férias. A minoria de que falo, vive noutro país e vêm cá passear-se no verão.
 São fáceis de identificar, pois tentam demonstrar um status que não têm, mas que são traídos pelos seus próprios tiques, de quem apenas luta no dia a dia num trabalho normal como tantos outros. 
 Sem ofensa e com a devida distância, são os Misérables de Vitor Hugo em busca do Eldorado, lutando para se ver livres de uma condição de dificuldades, como nos mostra a última versão cinematográfica datada de 2012. só que na vida real, quando voltam ás suas raízes, parecem esquece-las, olhando lá do alto do seu sotaque francófono.



 Isto é particularmente visível, quando, estando numa loja do seu próprio país falam entre si na língua do país que os acolheu - não estou a referir-me a crianças mas sim adultos - ignorando quem lhes pergunta em bom Português se precisa de ajuda e alheios ao facto de que, hoje em dia, falar Francês, Inglês, ou outra língua europeia, não é nada de incomum.
 Ainda no outro dia estive quinze minutos a gastar o meu Francês com uma família, para no final me agradecerem em Português perfeito deixando-me atrás do balcão com uma fuça á Mr Bean após ter feito asneira.
 A minha questão é simples. Amas o teu País, tanto ao ponto de grande parte da tua indumentária se reduzir a equipamentos da Selecção Nacional, idolatrando o simbolo da FPF como se fossem as 5 Quinas da Bandeira, mas quando estás finalmente de volta, por apenas 30 dias, para desfrutar deste paraíso... falas Francês. É a mesma coisa que dizeres que gostas de Whisky...e misturas-lhe Coca-Cola, tipo - "Uiiii ca bom que gastei 30 paus numa garrafa de Cardhu! Vai-me saber que nem gingas com esta Cola Zero".